sábado, 18 de outubro de 2008

The Killers e a sina oitentisa: cola que é sucesso!

E os anos 80 não param mesmo de destilar influência.
Engraçado que o blog se propõe a falar do novo, mas o que é novo ESTÁ 80’s – tanto que tornam-se inevitáveis os posts com forte cunho nostálgico. Mas a gente adora: eu e Monique somos “oitentistas-maníacas” assumidíssimas, apesar de nossa vivência tardia e breve da década. Então pra gente tudo isso é um prato cheio!

Um exemplo bem recente dessa onda é a mais nova música de trabalho do The Killers, banda que já realiza uma mescla de glitter-pop+dance-rock desde a sua gênese. “Human”, o primeiro single do novo álbum Day&Age [que só sai no dia 24 de novembro], é uma prova de que os sons sintéticos que caracterizam a pegada 80’s dos meninos SHINING de Las Vegas estão de volta a todo vapor.

Depois de investir mais em guitarras encorpadas e distorcidas que conferiram ao último trabalho da banda (Sam’s Town, de 2006) um tom mais agressivo e melancólico, o The Killers resolve se render novamente às batidinhas eletrônicas. E a pista de dança agradece! Quem não estava morrendo de saudade de despirocar com os hits-balança-esqueleto de Hot Fuss, o álbum de estréia da banda?


“Somebody Told Me”, o ápice dançante do primeiro CD do The Killers.


Mas a banda parece não ter abandonado o que foi aprendido com a experimentação musical mais obscura, com mudança considerável de sonoridade a ponto de atingir um rock mais marcante, como em "When You Were Young", de Sam’s Town.


Essa guinada, ao mesmo tempo que gerou controvérsias (a crítica considerou um retrocesso em termos de originalidade), foi capaz de conquistar novos fãs (os que se identificavam com o tom mais denso) e de contribuir com a maturidade musical dos caras (que agora parecem ter encontrado uma fórmula perfeita nesse meio-termo entre o synthpop e o melodramático das guitarras sujas).

O resultado dessa trajetória promete estar no Day&Age, que além de “Human”, conta com as também já divulgadas “Spaceman” e “Neon Tiger”. O vocalista Brandon Flowers, em matéria da revista Rolling Stone Brasil, também acredita que as críticas e o burburinho causado em torno do trabalho da banda só a fortaleceram: “aprendemos que não dá para agradar a todo mundo. Mas nós sentimos firmeza no que fazemos, nos nossos fãs e naqueles que em breve serão convertidos”.

A pitada 80’s com maior ousadia para explorar novos sons e instrumentos também muito se deve ao produtor do álbum, Stuart Price, que já trabalhou com Madonna em Confessions on a Dancefloor – e alguém entende melhor sobre “causar” do que essa dupla?
Ouvir “Human” sem lembrar de clássicos do Depeche Mode, New Order e Duran Duran é impossível... Viva os pianinhos e os refrões-chiclete!
Tudo indica que “Are we human or are we dancer?” vai ser um questionamento nonsense que você vai amar fazer quando estremecer na balada com essa ode aos anos 80 - decadazinha viciante que tá no sangue The Killers e não dá mais pra renegar.

3 Told us something new!:

Ana C. disse...

sei lá... eu gosto das músicas do sam's town. vamos ver o que vem por aí!

mas all these things that I've done e read my mind continuam insuperáveis.

*.*

Joyce Castello disse...

AINDA não gostei muito do clipe, não.

Unknown disse...

when you were young*-*
Tá certo que gamei nessa música quando tocou no desfile da Victoria's Secret, maaaas...
Killers! \o/