Numa sociedade onde a miscelânea cultural está tão em VOGA, além de poder baixar qualquer música de qualquer lugar do planeta, nada melhor do que receber fresquinhas em sua tela de computador as últimas novidades sobre seus astros preferidos, sejam eles quais forem.
Desde o começo do ano comecei a analisar alguns blogues e sites que falam sobre esse universo das celebridades. Alguns, fazem piada justamente com toda essa exposição do ridículo. Outros, fornecem o material de chochação tais blogues.
Mas, afinal... o que é ser CELEBRIDADE? Segundo o dicionário Michaelis:
sf (lat celebritate) 1 Qualidade do que é célebre. 2 Grande fama. 3 Pessoa célebre. 4 Coisa célebre. 5. Notoriedade.
Pois bem. O que me chama a atenção é a última definição: notoriedade. Celebridade, portanto, é aquela pessoa dotada de notoriedade.
Então, me pergunto. O que é necessário, hoje em dia, para ganhar GRANDE notoriedade = atenção, espaço, voz, tempo, comunidades, capas de revistas masculinas? Simples: imagem, obviamente. Talvez, jabá.
Voltando ao assunto da exposição da imagem, não da exposição do tosco. Muitas vezes, não é a própria celebridade que busca aparecer, tal como as SUBS do Brasil (com barbecue e rúcula, por favor). Os Paparazzi, fotógrafos que buscam a qualquer preço uma imagem – interessante, peculiar ou sem significado algum – das celebridades do momento, perseguem tanto que podem ser prejudiciais à saúde. As celebs, portanto, se mantêm na mídia com a ajuda deles e dos sites que compram as fotos. Os tais, mantêm-se por meio de publicidade, o que já cansamos de estudar e saber.
O curioso, que notei a partir desse acompanhamento quase diário dos mesmos sites, é a quantidade de fotos muito parecidas e da mesma celebridade durante uma mesma semana. Exemplo: a Disney foi lá e fabricou ídolos teen para poder se adaptar à pós-modernidade do pós-desenhos de princesa (já que ser princesa, hoje... é algo SOO LAST WEEK néam).
Miley Cyrus (a Hannah Montana da peruca loira), Jonas Brothers (três mocinhos-irmãos kind of Hanson, but new-generation-morenos-e-puros) e Selena Gomez (uma menina de 16 anos com uma cara de criança e que adora shopear com a mamãe por aí, além de cantar e dançar em um programa chamado Wizards do Disney Channel) são esses ídolos. E são assunto de uma boa porcentagem dos posts de celebridades desses egosites. E, por serem assuntos, se tornam ainda mais objeto de desejo das crianças e adolescentes, levando-os ao consumo exagerado de suas imagens, de suas ações, de suas atitudes (vide o tal anel da pureza usado por tantos adolescentes que fazem voto de castidade......)
Essa semana, a Hannah Montana fez aniversário, o “Sweet Sixteen” – tal como os nossos “Meus 15 anos” aqui do Brasil. Onde comemorou? Na Disney! E ainda com direito a serenata do namorado, cinco anos mais velho. Pois bem:
A Selena, por sua vez, sempre aparece nos mesmos ângulos, falando ao celular, fazendo compras, aparecendo em premiações de caridade ou infantis.
Os Jonas, sempre em poses conjuntas. Chatíssimos, boring até dizer chega.
Vendem. Muito. São jovens, bonitos, americanos e enlatadésimos. E isso estimula as vendas. Típico da geração que come bits, que não consegue pensar nem se guiar nesse mar de novidades e de cores que a rede oferece. Penso que adultos serão esses meninos. Acabou o questionamento, a insatisfação, a IDIOCRACY domina. Apocalíptico, mas.. por que não?
Menciono o casal TOP 1 do mesmo site. Angelina Jolie e Brad Pitt não podem botar o dedo fora da janela que viram notícia. A mamãe comprou Cheetos para a filha de dois anos, there’s news poppin’. Às vezes agradeço por ser anônima, mesmo que por opção (aqui diria a Gabee: sua hora ainda vai chegar... mas e se eu não quiser que ela chegue? comofas??//). Posso tirar uma foto com uma jujuba de vampiro na boca que ninguém fala nada. Apenas meu namorado.. anyway.
Cheguei ao ponto alto: a coisa tá tão grande, tão comum, tão normal, tão massiva que celebrity babies chegam a aparecer mais do que os próprios pais. Ou pior: os pais só viram notícia por conta dos bebês. Imagine (ou vá lá conferir) Pessoas que ainda nem pronunciaram uma palavra e que ainda usam fralda. Recebem mais espaço e notoriedade que deuses do jazz, até mesmo do POP. Quer exemplo? Tom Cruise e Katie Holmes. Sua filha de dois anos, Suri, está
Pois bem. Só de olhar pro lado direito do site JustJared, vemos a loto of publicidade. Muita mesmo. E, por tanta gente se interessar por essa efemeridade do passeio ao shopping, do cabelo novo, da roupa do estilista famoso, a renda só cresce. E o ciclo nunca tem fim. Como diria a deeva Elton John “Um ciiiiclo sem fiiim, que nos guiaráaa, a dorrr e a emoçãooo.. a fé e o amoor”.
Próximo!
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